Poesia Matemática
Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a, do Ápice à Base,
uma figura ímpar:
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
“Quem és tu?”, indagou ele
em ânsia radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a, do Ápice à Base,
uma figura ímpar:
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
“Quem és tu?”, indagou ele
em ânsia radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(MILLOR FERNANDES)
2 comentários:
Adorei a oferta!
Para que toda a gente saiba, tenho a honra de ter este original no meu escritório!
Muito obrigada!
Zézinha
Este símbolo tanto pode ser uma incógnita desorbitada, como uma forma (leia-se "fôrma")navegando entre órbitas, como um martelo biforme tentando entrar em órbita, como... sei lá o quê...
Só sei que a tua arte lhe deu uma dimensão cósmica, simbólica, transformando-o num encontro imediato em qualquer grau...
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