segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

As Ilhas


Então surgiram as ilhas luminosas

De um azul tão puro e tão violento

Que excedia o fulgor do firmamento

Navegado por garças milagrosas


E extinguiram-se em nós memória e tempo.


(Sophia de Mello Breyner)

2 comentários:

Anônimo disse...

Serão os Açores? Pedaços de terra vindos do azul profundo?

Ou serão as ilhas do dia-a-dia? Pedaços de paz que emergem da confusão?

Beijinho,
Ru

Anônimo disse...

Quando, há tempos, li os sugestivos versos de Sophia transcritos no teu blog, lembrei-me de um belo poema de Fernando Pessoa que termina assim:

...Não é com ilhas do fim do mundo,
Nem com palmares de sonho ou não,
Que cura a alma seu mal profundo,
Que o bem nos entra no coração.
É em nós que é tudo. ...

De facto, "é em nós que é tudo", bem no íntimo de nós, na ilha que todos levamos dentro. Luminosa, azul, onde os nossos sonhos navegam, quais garças milagrosas, a caminho do Bem...
Um grande abraço no sossego dessa Ilha dos nossos Sonhos!